Refletindo sobre a perda de popularidade da Britney no Brasil.

[vittor_costa]

Bom dia, pessoal!

E não sou muito de interagir aqui no fórum, na verdade eu só entro mais para acompanhar as notícias da Britney. Porém, hoje eu senti a necessidade de compartilhar alguns pensamentos depois de ler aqui no fórum que a Britney perdeu muita popularidade no Brasil, e também depois ver que um fã da Beyoncé estava sugerido no Instagram que ela ganhasse o prêmio Global Icon no EMA desse ano.

Bom, virei fã da Britney em 2001 aos 11 anos depois de vê-la no Rock In Rio. Naquela época, a popularidade dela aqui no Brasil era muito grande. Era constante a presença musical dela tanto na TV quanto nas rádios. Quando ela estava para lançar o seu terceiro disco, já era notável que ela tinha conquistado uma legião de fãs fiéis, algo que eu só vi se repetir anos depois com a Lady GaGa.

Os fãs naquela época eram muito mais organizados, unidos e mais preocupados em apreciar e divulgar o trabalho da Britney no nosso país. Eis que houve todo um planejamento de divulgação do álbum “Britney” no Brasil, mas tudo acabou sendo cancelado por causa do 11 de setembro. Ou seja, por meio das rádios e por meio da própria MTV Brasil, a Britney faria a sua segunda visita ao país, pois esses eram canais que mensuravam a audiência e a popularidade da artista.

Hoje eu vejo muito mais a gente se preocupando com charts de outros países, com as posições na Billboard e no Reino Unido, do que em divulgar e fazer a Britney hitar por aqui mesmo.

Confesso para vocês que a última vez que eu ouvi a Britney tocar de maneira constante nas rádios de São Paulo foi na época do Femme Fatale. E naquela época já dava para perceber que a popularidade dela já estava em queda livre no Brasil, porém tivemos existo com T4F que trouxe a turnê FF para o Brasil e com a própria Sony Music, que depois de muitas reclamações fez uma versão exclusiva de Jewel Case para o Brasil do FF Deluxe.

Mas o que eu quero dizer com tudo isso é que conforme a Britney foi sendo consumida e apagada pela curatela, alguns fãs foram perdendo o interesse nela. E os que restaram, acabaram virando um nicho bem diferente dos que eu conheci nos anos 2000. O que resultou na falta de interesse de empresas brasileiras em trazê-la para cá, principalmente quando havia surgido rumores de que depois da Ásia a Piece Of Me tour poderia ter vindo para a América do Sul.

Eu acredito que o nosso dever como fãs e justamente fazer um trabalho revitalização da música e da imagem da Britney no Brasil, e acredito que devemos mirar nas rádios e até mesmo na MTV Brasil, caso Hold Me Closer ganhe um clipe.

Se uma música cai no gosto popular nas rádios isso se reflete no Spotify. As pessoas precisam conhecer antes de ficarem viciadas, e as rádios têm esse poder de apresentar o trabalho do artista para um público diferente dos fãs.

Referente ao EMA, já faz um tempinho que eu percebo a indiferença da MTV Europeia com a Britney. A página do instagram da premiação estava exaltando vários artistas, mas nunca mencionou que a Britney por anos foi uma das maiores vencedoras da premiação. Até que vi um fã da Beyoncé sugerindo que ela deveria ganhar Global Icon desse ano.

Parece bobagem, mas eu me importei com isso. E claro, mandei um e-mail para MTV falando de todas as conquistas da Britney não só no EMA, como no mundo.

Claro que sabemos que a Britney provavelmente diria não para qualquer premiação agora, mas acho que já está na hora dela ganhar alguma honraria na Europa.

Peço desculpas pelo texto gigante, mas eu precisava compartilhar esses pensamentos com vocês.

 

[unusualme]

Entendo e concordo em partes, mas acho que é só dar uma olhada nas músicas mais ouvidas do BR para entender um pouco mais.

Além disso, os fãs da Britney são de uma faixa de idade um pouco mais velha. Eu mesmo não tenho mais tempo nem disposição de ficar fazendo os mutirões que fazia na época do Circus e FF.

Junte a isso a percepção negativa e desesperança que a gente tem com o país e com a própria Britney que vem demonstrando não ter o mínimo de consideração pela imagem pública, e resulta nisso.

Quanto a Beyoncé, ela é mais only USA mesmo, as vendas ww são baixas, aqui no BR ela tem nome, mas fora da bolha gay ninguém sabe nada que ela lançou desde 2008. Sem hate, gosto dela, mas não faz jus ao global icon.

[Dragon]

Acho que o ema está mais irrelevante que o próprio VMA, esse prêmio não é algo muito celebrado hoje em dia.

O reflexo da gestão podre da carreira de Britney está em outros países também, não só no Brasil. Ela "sumiu" do radar das pessoas, ficou reclusa demais... A carreira ficou focada em Vegas e só. E tem o fator curatela, claro.

Britney Jean e Glory não emplacaram, é como se a carreira tivesse morrido lá em 2012.

Não conseguiu renovar a fanbase de uma forma satisfatória e os fãs que já tinha envelheceram. A maioria nem sabe consumir música em streams, ainda estão na era do itunes. 

Criminal deve ter sido o último hit por aqui, depois disso o nome dela se apagou e só voltou a ganhar algum destaque na época do auge do Free Britney, ano passado. 

Quem tem que trabalhar pra recuperar a imagem e relevância é ela e sua equipe, nós não temos poder de fazer a diferença.

[Kevin Caldeira]

pois é e tem um ponto da mudança da industria daqui

um dos impactos tbm foi a transição musical que o brasil passou de absorver a musica nacional com maior representação… isso afetou vários artistas de fora e não só ela

se spotify existisse em 2008 o top 50 brasil seria 90% internacional por ex e olha como está hoje

a metade de 2010s foi uma transição nas rádios pop que começaram a tocar sertanejo e funk e artistas internacionais foram perdendo o peso… lembro até de ouvir que as rádios tavam sofrendo pressão pra tocar música nacional em x% da programação e com isso floodavam algumas como sutilmente do skank 

e se pegar as proprias gigantes como adele e beyonce, os singles recentes não são tão lembrados pelo grande público brasileiro aqui…

[Criminal]

É o que disseram, músicas internacionais não hitam aqui há uns 10 anos kkkkk no Top 50 do Spotify só tem As It Was de música internacional e algumas do Coldplay por causa do show. Isso não significa que a Britney perdeu popularidade, ela segue bem conhecida e lotaria fácil show aqui

[vittor_costa]

2 horas atrás, Criminal disse:

É o que disseram, músicas internacionais não hitam aqui há uns 10 anos kkkkk no Top 50 do Spotify só tem As It Was de música internacional e algumas do Coldplay por causa do show. Isso não significa que a Britney perdeu popularidade, ela segue bem conhecida e lotaria fácil show aqui

Conhecida sim, mas que lotaria shows... acredito que não. Os ingressos da FF tour em São Paulo não foram todos vendidos. 

Em comparação a outros artistas como a Lady GaGa e a Beyoncé que fazem shows lotados em estádios por aqui, fazer um show no Anhembi que não foi esgotado, para a Britney isso é muito ruim. Ela perdeu muita popularidade sim.

Arrisco a dizer que a Circus tour não veio para a América do Sul não por uma questão de infraestrutura, mas sim porque não teria público para lotar um estádio onde comportaria a estrutura do show. Essas empresas fazem todo um estudo de popularidade do artista antes de contratar os shows. Por isso, a FF Tour teve uma estrutura menor, justamente para atender esses públicos menores.

[Tóxica]

4 minutos atrás, vittor_costa disse:

Conhecida sim, mas que lotaria shows... acredito que não. Os ingressos da FF tour em São Paulo não foram todos vendidos. 

Em comparação a outros artistas como a Lady GaGa e a Beyoncé que fazem shows lotados em estádios por aqui, fazer um show no Anhembi que não foi esgotado, para a Britney isso é muito ruim. Ela perdeu muita popularidade sim.

Arrisco a dizer que a Circus tour não veio para a América do Sul não por uma questão de infraestrutura, mas sim porque não teria público para lotar um estádio onde comportaria a estrutura do show. Essas empresas fazem todo um estudo de popularidade do artista antes de contratar os shows. Por isso, a FF Tour teve uma estrutura menor, justamente para atender esses públicos menores.

Eu já acho que se ela viesse em 2009, seria hit sim. Naquela época ela era uma das grandes potências do pop aqui, junto com a Beyoncé, Gaga, Rihanna, entre outras, sem contar que ela conseguiu renovar muito a fabase na transição do Blackout pro Circus. Eu lembro de um monte de poc mirim, que não vivenciou o auge dela, ouvindo Womanizer/Circus e aclamando muito ela. Sem contar que a equipe dela fez uma ótima divulgação da tour, vendendo como a volta por cima dela, o que atraiu bastante público por onde passou. E eu acredito que por aqui não seria diferente. O fiasco da FFT aqui se deu por vários fatores e o fato do show já ter vindo com uma má fama por conta das críticas que recebeu nos outros lugares também contribuiu muito para afastar o público. Talvez daqui a alguns anos, depois de uma limpeza de imagem, ela até consiga lotar um estádio por aqui. Mas se viesse agora, seria um fiasco.

 

[InTheRebellion]

A Britney é um caso raro de Pop Icon e Pop Star. Vc bate o olho e sabe que é ela, vc ouve o gemido antes da frase e já sabe que a música é dela, vc ouve o timbre de looonge e já sabe que é ela. Vc ouve a melodia e já sabe que é ela. Vc ve um combinado de peças de roupa e já sabe que é ela. O que falta na Britney é equipe competente focada em valorizar isso. A Britney ainda vende e rende igual água natural sem gás. Por exemplo, muitas hoje em dia tem que dar cambalhota, bater cabelo, enfiar a camera do telão quase dentro do intestino e fazer produções faraônicas pra gerar interesse em show. A Britney só com um bloco live acustico ja lotaria arenas em questão de horas. Uma coreografia decente que ela ainda tem total capacidade de entregar num clipe ou num show já desperta o interesse e prende a atenção. Mas tiraram a voz, tiraram as coreografias, tiraram os figurinos, tiraram os clipes e tiraram a originalidade dela por duas eras seguidas e por 10 longos anos. Pro descaso que tiveram com essas coisas (óbvio que não da parte dela), é um MILAGRE e o feito e tanto todos os sold out da BLIC e os da POMT sem ser as arenas de esquina e ela ser capaz de debutar single no top20 relativamente fácil e sem divulgação massiva