Ir para conteúdo



Karen Kwak fala dos desafios e como ajudou Britney a criar o Glory


RafaSantana

Mensagens recomendadas

3063374-poster-p-1-meet-the-woman-behind-britney-spearss-comeback.jpg

Em 2007, até os fãs mais fervorosos de Britney Spears se perguntaram se a Princesa do Pop ainda queria o título atrelado a ela quando tinha 16 anos. Afinal, as imagens mais perturbadoras daquele ano veem a mente, de seu colapso público contra um paparazzi até a performance no VMA que poderia ter acabado com sua carreira. Claro, ela imediatamente deu a volta por cima como apenas ela poderia: com Blackout, o álbum que muitos dizem ser o seu melhor.

Apesar disso nos anos seguintes, Spears falhou em continuar com esse momentum, produzindo uma pequena quantidade de sucessos com álbuns que nunca chegaram perto. Quando o bastante criticado Britney Jean chegou, ela já tinha superado essas imagens do passado, oferecendo no lugar uma saudável mãe de 34 anos que passa um tempo na piscina com sua família e leva seus filhos para caminhadas matinais no domingo. Ela conseguiu reerguer Britney Spears, a mãe e celebridade do Instragram - mas não Britney Spears, a popstar.

Isso pode mudar agora com Glory, seu nono álbum de estúdio, que acabou de dar ao lado maior estrela pop do mundo de Spears um raio de uma necessitada boa vontade (pelos ouvintes) além da nostalgia que a manteve pela última década. Descrito como uma "obra de arte" e "seu álbum mais ousada em uma década", Glory parece ter conquistado o que seus últimos três álbuns não conseguiram: a reabilitação da marca de quase 20 anos Britney Spears.

Muito do crédito deve ir a Karen Kwaw, a veterana da indústria que serviu como produtora executiva do Glory. Contratada no último verão depois do amplamente criticado single "Pretty Girls" - "Isso é meio que uma chamada não oficial, huh?" ela diz - ela chegou no momento preciso em que Spears parecia destinada em seguir a rota de Madonna de se apoiar em artistas jovens do momento ("Pretty Girls" tinha Iggy Azalea, que não ajudou na recepeção do público) e seguir fórmulas pop derivadas para uma chance de relevância. Kwak pareceu se sentir desafiada a limpar essa bagunça.

"Definitivamente foi um momento de acordar" ela diz sobre entrar na equipe de Spears. Mais do que isso, ela encontrou um desafio único - não apenas se recuperar de um single mal recebido, mas também lidar com muitos problemas incluindo um colapso, problemas legais, e a simples questão se Spears quer ou não ainda ser uma celebridade. Uma conservadoria aprovada pela justiça, que coloca seu pai e advogado no comando de suas decisões financeiras, poderia ser muito bem o que mantem Spears - que prefere ser lembrada como uma mãe do que uma artista - no estúdio de gravação e nos palcos de seu popular show em Las Vegas.

Além disso, em um tempo onde estrelas como Taylor Swift repara arranhões em sua imagem no Instagra, Kwak tinha a missão de formar um álbum que faria o mesmo para Spears.

A chave para reinventar Britney Spears para 2016, Kwak conta, foi não reinventa-la. No começo, ela queria pensar em Glory como um produto separado, mas logo viu que não seria possível. Recuperar a diversão sumida dos últimos álbuns de Spears significaria voltar ao começo. "Nós pegamos referências do Blackout, mas não foi intencional. O que nós usamos de verdade foi a Britney que eu conhecia de fora, antes de trabalharmos juntas. A Britney que estava sempre se arriscando, sempre mudando, e sempre fazendo algo novo." 

Com isso em mente, Kwak manteve o álbum um passo a frente. "Nós não falamos sobre o passado." hesitando em comentar se Britney Jean - considerado seu álbum mais superficial e "menos Britney Spears" até agora - afetou o processo criativo do Glory. "Eu não posso falar pelos álbuns anteriores. Mas aqui, ela parecia presente e se divertindo de verdade."

Isso é bem aparente ao decorrer das 17 faixas, seja no lead single "Make Me..." ou na pronta para o Top 40 "Do You Wanna Come Over?". Mais do que qualquer álbum recente, Glory soa como Britney Spears, a colocando no centro de um jeito que ela não aparecia em mais de uma década. Se antes ela estava processada e robótica e quase irreconhecível, ela retoma o controle sobre ser ela mesma e sobr sua música.

O envolvimento de Spears e a profunda dedicação ao projeto reflete em duas das faixas mais experimentais do álbum: "Private Show" e a cantada totalmente em francês "Coupoure Électrique". Kwak diz que a aparente aleatoriedade da primeira citada é fruto do gosto musical diverso de Spears, enquanto a outra surgiu quando ela, do nada, decidiu "Quero cantar uma música em francês." Mesmo que as duas possam parecer bizarras, elas continuam essencialmente Britney; "Private Show" mostra todos os vocais característicos de Spears enaltecidos e criticados durante os anos, e "Coupoure Electrique" se traduz em "blackout."

A dedicação criativa parece ser resultado do espaço que Kwak deu a Spears para brincar e ser ela mesma, enquanto a manteve na linha das demandas para um lançamento de uma grande gravadora. "Eu fui como um filtro para ela, lidando com todos os compositores e produtores que queriam trabalhar com ela. Meu trabalho foi criar um processo comprometido com músicas de qualidade tendo certeza que ela estava gostando de fazer o que ama." Isso, e fazer Spears estar livre cedo o bastante para pegar seus filhos na escola.

Apesar de dizer que elas nunca se preocuparam em fazer uma música número um, Kwak - que já serviu como A&R para Rihanna, Justin Bieber e Frank Ocean - tem um senso para fazer hits que a fez produzir um álbum de Britney Spears que não soaria fora do lugar em 2003 ou 2016. Ela se aborrece particularmente com a crítica de que Glory não é pessoal o suficiente, pelo menos não da maneira que "Everytime" ou "Not a Girl" foram. "Ele é um reflexo de onde ela está após 20 anos de tudo ser super analisado. Se ela está em um momento feliz, em um bom lugar, então eu acho que está tudo bem."

Certamente Glory mostra Spears como ela é hoje, com cada pedaço tão divertido e aleatório quanto sua conta no Instagram, que mistura selfies e fotos de bastidores com frases inspiradoras e material promocinal. Se Circus, Femme Fatale e Britney Jean levantaram qualquer dúvida sobre seu interesse em ser famosa, então Glory coloca temporariamente um fim a essas questões.

Por enquanto, Kwak ajudou Spears a sair do caminho quase irreversível em que estava fazendo música sem inspiração chegando ao ponto que até seus fãs - ou até seus conservadores - finalmente pararam de pedir isso a ela. Glory, pelo menos por enquanto, lhe da a chance de suprir as expectativas. 

"Se Britney está chamando esse álbum de seu bebê, então eu sou tipo uma parteira."

https://www.fastcocreate.com/3063374/master-class/meet-the-woman-behind-britney-spearss-reinvention

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Respostas 47
  • Publicado há
  • Última resposta
3 minutos atrás, Guiney disse:

Como se o Circus e o Femme Fatale não fossem grandes coisas e não tivessem hits e tal kkkkkk Achei a matéria negativamente tendeciosa, mas gostei do pouquíssimo que a Karen falou

são bons albuns pops mas não é a toa que o Glory está sempre sendo colocado no nivel do Blackout e o In The Zone e acima deles, né. É outro nível do que a Britney pode oferecer, literalmente.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

"O que nós usamos de verdade foi a Britney que eu conhecia de fora, antes de trabalharmos juntas. A Britney que estava sempre se arriscando, sempre mudando, e sempre fazendo algo novo."

"Eu não posso falar pelos álbuns anteriores. Mas aqui, ela parecia presente e se divertindo de verdade."

Era isso que queríamos, obrigado, Karen Kwak.

 

"Se Britney está chamando esse álbum de seu bebê, então eu sou tipo uma parteira."

KKKKKKKKKKKKKKK

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

5 minutos atrás, Guiney disse:

Como se o Circus e o Femme Fatale não fossem grandes coisas e não tivessem hits e tal kkkkkk Achei a matéria negativamente tendeciosa, mas gostei do pouquíssimo que a Karen falou

circus foi o verdadeiro cd comeback, ela ia no studio como ''brincadeira'' e passou 6 meses ''brincando'' de gravar as musicas, enquanto tava se recuperando de um colapso nervoso, o resultado foi bom sim, mas o q a karen quis dizer, é q a essencia da britney não é tirada de um cd assim.

alem disso, o femme fatale, todo mundo sabe, q foi acampamento q a britney se envolveu bem pouco, só na parte de gravar, basicamente é um album dos produtores...

BJ melhor nem comentar.

e ai vem o Glory q pega a essencia da Britney trabalhar realmente feliz num album, fazendo coisas e explorando

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

14 minutos atrás, Guiney disse:

Como se o Circus e o Femme Fatale não fossem grandes coisas e não tivessem hits e tal kkkkkk Achei a matéria negativamente tendeciosa, mas gostei do pouquíssimo que a Karen falou

Ela não quis dizer que são ruins. Eu vejo a essência Britney no Circus, mas acho que foi "sorte", eles uniram o útil ao agradável, porque foi um álbum feito pra limpar a imagem. FF é álbum de produções, com pouco foco na Britney em si ou na voz dela.

BJ nem preciso dizer nada. dMS9Ff4.gif

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

×
×
  • Criar Novo...