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Texto sobre Britney na revista gay mais importante e influente do mundo!


Fabian

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A revista gay mais importante e influente do mundo “The Advocate” (uma especie de Time/Veja do mundo LGBT), fez um artigo muito interessante e honesto sobre a Britney e sua influencia no mundo gay, tanto quando nossa obsessão por ela, os temas abordados no texto que esta na edição dupla de Abril/Maio - 2014 (#1072) da revista, podem gerar um bom debate!

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Britney One More Time

Por: Matthew Breen

Sua voz é apenas ok, sua dança já foi melhor. Mas se você perguntar pra quase todo mundo — Britney é um ícone gay. O que nos atrai tanto nela e porque não conseguimos deixar Britney em paz?

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Quantas vezes Britney Spears já foi declarada um ícone gay? Só no ano passado, [os jornais] The Village Voice e The Guardian a declararam, e isso só foi em resposta ao seu single “Work Bitch”, no qual Spears diz aos seus ouvintes: “You want a hot body? / You want a Bugatti? / You want a Maserati? / You better work bitch.” Seis compositores são creditados nessa música.

Já em qualidade vocal, é complicado de falar. “Work Bitch” não requer muito envolvimento [vocal]. E nenhuma vez no documentário de duas horas I Am Britney Jean que foi ao ar pelo canal E!, uma jogada infomercial para promover sua residência de dois anos em Las Vegas, Spears canta em frente as câmeras, faz algum tipo de aquecimento vocal, ou ensaia algum arranjo novo.

Sua dança, desde “Toxic,” tem parecido robótica — sexy mas dura, sem alegria. Tanta ênfase sobre sua dança é colocada no documentário, que saiu antes do show em Vegas [estrear] que os resultados deveriam superar a expectativa [criada por sua equipe]. Eu não vi o show ao vivo, mas acompanhando a carreira de Britney nos últimos anos não parece que muitas coisas irão mudar. Sem falar que, será que ela está curtindo pelo menos algo nisso tudo?

Minha função [aqui] não é massacrá-la, mas examinar o que chama tanto nossa atenção nela. Pop stars nem sempre precisam ser grande técnicos em canto ou dança, e eu não vou discutir o fato dela lançar no mercado musical grandes hits, hits que fazem pistas de danças ferverem e pessoas cantarem juntas os refrões de suas músicas — incluindo eu. Mas se não é pela qualidade de suas performances no palco, o que faz ela ser tão amada por tantos (com algumas exceções) gays?

O que sustenta seu status de ícone gay, e ele é merecido?

Britney fala sobre nós. “Work Bitch” é a musica que ela alega ter incluso no Britney Jean, seu “álbum mais pessoal” até o momento, em homenagem aos seus fãs que são gays. Ela diz que essa, a musica que lembra “Supermodel (You Better Work),” do RuPaul é sua homenagem aos gays, em vez de “Alien,” a musica sobre se sentir um estranho e não se encaixar [no mundo]. Uma oportunidade perdida de marcar um strike literal e figurativo com seus fãs que são gays, talvez, ela consiga fazer isso quando “Alien” for lançada como single.

Em uma entrevista [mais] recente para a San Francisco’s 99.7 FM ela descreveu seu carinho [por nós] assim: “Muitos dos meus cabeleireiros e pessoas [que trabalham comigo] na minha equipe de beleza são gays, então eu passo muito tempo com eles, os acho adoráveis e hilários.” A mesma coisa poderia ter sido dita caso ela estivesse falando sobre cachorrinhos.

Em 2009 quando Carrie Prejan, até então Miss Califórnia, disse que se fosse por ela não existiria casamento entre pessoas do mesmo sexo, Britney twittou, “Amor é amor! As pessoas tem que fazer o que as deixam felizes!” Não é exatamente um endosso dos méritos de igualdade perante a lei, mas foi um comentário despretensioso que causou algum impacto, e que foi bom ela feito.

Não tem mais o que dizer[,] ela nem sempre arrasa quando fala da gente. Ela não lidera marchas e da discursos, como Lady Gaga fez com o “don’t ask, don’t tell.” Ela não adota aspectos de nossa cultura e transforma isso numa força pop, como Madonna fez em “Vogue” (e “Erotica,” “Secret,” “Human Nature,” e “Girl Gone Wild”). Ela não é tão cientemente maliciosa como Cher que alguns de seus break-downs se consistem em se reafirmar ainda mais como um ícone gay — “eu não fico pra trás em nada quando comparada com Judy Garland,” Cher disse recentemente numa entrevista em Londres. Em vez disso[,] Britney diz [meio obscuramente] e de modo desajeitado que seus fãs gays são “um pouco como como meninas,” Ela não diz numa forma mal-intencionada, só um pouco boba, vazia.

Existem alguns elementos clássicos de um ícone gay na vida de Britney, principalmente o fato dela ter passado por um momento difícil — bem difícil — e voltado. Ela passou por escândalos e momentos vergonhosos, casamento relâmpago, fotos sem calcinha, e problemas que a levaram para uma clínica de reabilitação, mesmo que tenha sido por um dia. Agora ela está em ascensão, com a aparência saudável e em forma, mas nem todos seus comebacks foram tranquilos. Sua performance no VMA 2007 seguida pelo divorcio complicado com Kevin Federline, e logo depois por problemas com a custodia de seus filhos, intermináveis batalhas judiciais, e algumas faltas em audiências, resultaram numa tutela (conservatorship) que foi dada ao seu pai. o artigo do The Guardian a descreveu como a primeira tragédia oficial do século 21, ela raspou a cabeça e atacou pessoas com um guarda-chuva em frente a vários flashes.

Agora nós sabemos porque ela parece ser tão impenetrável [ninguém sabe o que ela pensa ou sente]. Ela está confinada. Ela não tem nenhum controle de sua vida, por pelo menos mais dois anos; seu pai controla sua carreira, suas finanças, e sua vida pessoal. Ela tem sido uma maquina de dinheiro por pelo menos 20 anos, desde que ela era uma criança contratada pela Disney. Tem sido muito especulado desde 2008 que Spears sofre de transtorno bipolar, e relatórios dizem que ela teve [inúmeros] episódios maníacos (nome dado as crises de quem sofre do transtorno) por anos. Parece que ela está brincando em seu documentário quando diz que no palco ela é uma pessoa e fora dele ela é outra extremamente diferente: “Eu me torno nessa pessoa [totalmente] diferente… sério, transtorno bipolar.” Sério? vai dizer que não é isso o que realmente acontece.

No meio do meltdown de 2008, ela era o alvo de todo paparazzo. Embora tenhamos dado risada do mensageiro, muitos de nós também tínhamos [certa] empatia com o vídeo “Leave Britney alone!” do blogueiro Chris Crocker implorando para que alguém fizesse algo no meio daquela crise pública que ela estava passando. É uma pena que provavelmente ela nunca irá falar sobre aquela época — não seria bom para os negócios, posso imaginar seus empresários pensando.

Naquela crise é onde se encontra o que atrai muitos de nós a ela, eu acredito que por ela ser uma vitima de uma injustiça social. Ela é o objeto principal na gramática de sua vida pública, não o sujeito. Mais do que seus talentos que talvez pensamos que podemos fazer igual, mais do que sua ingenuidade, mais do que sua força para determinar seu próprio destino (característica de um ícone gay que talvez ela não tenha mostrado), nós queremos salvar Britney.

Nosso desejo que Britney tome as rédias de sua vida, que ela seja mais que esse fantoche que ela aparenta ser por 20 anos, é potente. O desejo de defender essa mulher que apanhou da mídia, é forte. Não é à toa que sentimos o impulso de salvá-la de pessoas aproveitadoras — na maioria das vezes homens, em forma de paparazzi, empresários, Federline, [e] seu pai — que tem cuidado de sua vida e feito escolhas por ela. Nós desejamos que ela seja mais do que uma mera marionete e que ela faça o que realmente quer fazer, que ela se expresse depois de uma vida inteira trabalhando sob ordens dos outros.

Neste meio tempo[,] podemos amenizar nossa parcela de culpa que tivemos em qualquer parte da opressão que ela passou, quando consumimos as fotos e histórias sensacionalistas criadas por tabloides, que podem ter sido a cereja do bolo para um colapso mental (meldown). Talvez a gente quis que ela tivesse sido poderosa em vez de querer apenas que ela tivesse sido real. Mas nós não somos como os outros homens. Nós queremos apoiar e dar suporte pra Britney, mostrar que estamos aqui na alegria e na tristeza.

Spears está pronta para ser o maior ícone gay da história, a mulher que perdeu o controle de sua vida, deu a volta por cima e conseguiu sair da beira do abismo. Mas mesmo sendo incrivelmente trabalhadora, ainda temos de vê-la expor algum controle real, uma auto-consciência real. Por enquanto ela ainda é uma mulher à beira do abismo. Quando ela estiver legalmente capaz de ser uma mulher responsável por seus atos, talvez nós iremos ver algo de diferente — algo honesto.

E se ela decidir, como ela sempre diz, que “não é particularmente feita para a industria [musical]” e for embora, vamos ter que aceitar essa decisão e valorizar a força de caráter que é preciso para fazer algo assim.

Fabian - Rebellion

Capa da revista:

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Pelo que eu to vendo, a materia é bem sensacionalista kkkk Meio que fez comentários distorcendo o que a Britney realmente quis dizer

E super discordo quando diz que a Britney ta robótica, e quem diz que a dança da POM nao surpreendeu.... apenas lamento pq foi uma bonecada sem dó

Vou continuar lendo

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