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Alter-Egos e Personagens: sua relevância na cultura pop.


Lucas

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Tava lendo agora e achei super legal, ai vim portar aqui hahaha

Coloquei na área da Britney porque cita ela, mas se quiserem por no off, á vontade!

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Alter ego tem por definição um outro eu, outra personalidade de uma mesma pessoa. Sua história em meio a industria musical pode ter passado despercebida por algumas pessoas, mas é no mínimo curioso como a interpretação de um personagem por parte de um artista, seja no palco, em um videoclipe ou até mesmo uma canção, pode ir contrário a tudo que aquele mesmo artista representa para a mídia e para seus próprios fãs.

Ser um cantor ou cantora sempre representou estar em destaque frente às pessoas normais. A representatividade de um performer vem sempre tentar destacá-lo dos demais, pois, afinal de contas, um artista com quem todo mundo se identifica, aquele que poderia ser seu irmão, seu primo ou seu melhor amigo, jamais terá a mesma relevância que aquele que gera polêmica e que serve de inspiração para milhões de jovens (e até mesmo adultos) ao redor do mundo. Todavia, os próprios artistas tem certa dificuldade em se expressar dessa maneira avassaladora e representativa de ser, e é ai que muitos deles recorrem ao meio mais prático de fugir do seu padrão e de sua própria personalidade, os alter egos.

A prática de criar personagens (fictícios ou inspirados em ícones pessoais) é bastante antiga, como já foi mencionado, na indústria fonográfica. Expressados das mais diversas formas, um alter ego pode vir de diversas maneiras, seja como representatividade do sexo, da raiva, da petulância ou da agressividade em músicas um tanto quanto desconexas do que os artistas estão habituados a apresentar, e os exemplos não poderiam deixar de ser mais claros.

"Meu nome é Dita / Serei sua anfitriã essa noite / Eu gostaria de colocar você em transe"

Seguindo uma linha do tempo progressiva, tomemos como pontapé inicial Madonna e Prince, que desde sempre foram vanguardistas e lançavam tendência a todo novo trabalho. Na sua era possivelmente mais polêmica, com o combo CD ‘Erotica’ + livro ‘SEX’, a interprete de “Justify My Love” tomou como inspiração a atriz alemã Dita Parlo e “encarnou” uma homônima que introduzia o álbum com a faixa-título, se apresentando como a amante e convidando seu ouvinte a ser passivo e o requisitando para uma série de aventuras sexuais e provocações. Já Prince, que apesar de ter surgido com a proposta um pouco antes, nunca a apresentou ao público, tinha Camille como sua representação feminina e também pensou em utilizá-la como conceito de todo um álbum, mas esta entrou para a sua extensa lista de projetos cancelados.

Avançando um pouco mais, chegamos a Damita Jo, que expressava toda a libertinagem de Janet Jackson. Lançada em forma de álbum em 2004, a figura foi escrachada pela crítica não apenas pelo seu teor sexual, mas pelo CD ter sido lançado um mês depois do fatídico incidente no ‘Super Bowl Halftime Show’, onde após Justin Timberlake deixar o seio da irmã de Michael Jackson a amostra, desencadeou uma série de normas estabelecidas a partir dali para qualquer evento televisionado ao vivo nos Estados Unidos, como o tão comentado delay televisivo.

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Saindo das grandes lendas e se aproximando dos ícones das últimas décadas, eis que surgem Britney Spears e Christina Aguilera. Logo após a era ‘In The Zone’, e quando era uma das figuras mais polêmicas no show business, Britney Spears, segundo um mix de informações verídicas e especulações, teria vindo com a proposta de Mona Lisa, um alter ego sombrio, diferente da sua sensualidade agora característica e do que estava acostumada a apresentar. Apesar de fazer parte da também grande quantidade de projetos não realizados pela cantora, uma canção com a, digamos, participação de

realmente existe e muitos afirmam que chegou a, de certa forma, prever o breakdown que a cantora teria entre os anos de 2006/2007. Em contrapartida, sua até então apontada como arquirrival, Christina Aguilera, utilizava das múltiplas faces como uma maneira definitiva de se desvencilhar da imagem de cantora teen e garota dos sonhos americana (assim como Spears). Destacando-se pela não dupla, mas múltipla personalidade, em diversos momentos Aguilera atribuiu sua expressão musical a outras. Xtina, como até hoje é apelidada, talvez seja a mais conhecida do grande público, por encabeçar o CD ‘Stripped’, mas se o destaque for a incorporação total de um outro eu, o ‘Back To Basics’ traz esta carga. Como uma referência ao próprio nome do material, durante todo o processo de divulgação do mesmo, a Christina foi
, inspirada em uma personagem de Bette Davis que se caracterizava por uma cantora que já foi bastante famosa, mas acaba caindo no esquecimento e passa a relembra seus tempos de glória.

Mariah Carey e Jennifer Lopez, que podemos classificar como grandes divas, foram bem mais sutis com a escolha de suas personagens, mas não menos interessantes. A primeira resolveu mostrar suas duas faces em momentos diferentes e deu vida a vingativa Bianca e a vulnerável Mimi. Separadas por dois álbuns e personalidades completamente diferentes, as crias de Mariah foram as grandes responsáveis pelo sucesso de ‘Rainbow’ (1999) e ‘The Emancipation of Mimi’ (2005). Bianca, antagonista do videoclipe de “

” surgi como uma representação caricata do que a mídia pintava ser Carey e acaba exibindo uma face também engraçada da cantora, reconhecida até então apenas pela grande voz e o grande talento para baladas. Em contrapartida temos Mimi, como a mulher de Nick Cannon é carinhosamente chamada pelos familiares e amigos mais próximos e que, segundo ela, demonstra seu lado mais sensível às emoções e vulnerável, rendendo hits como “Shake It Off” e “
”. O caso de Jennifer Lopez já é mais comercial. J.Lo, como Jennifer era conhecida nas ruas de seu bairro quando ainda era aspirante a cantora e dançarina, se tornou a forma como seus fãs a chamavam, então ela e sua equipe pensaram: Porque não fazer disso uma transformação? Partindo de ‘On the 6’ com o Pop e as influências da música latina, ‘
’ já mergulha fundo no Hip/Hop e R&B de suas raízes no Bronx. Ainda podemos citar Lola, pouco conhecida do grande público e que, segundo a diretora da Epic Records na época, Amanda Ghost, nem chegava a ser propriamente um alter ego, apesar de possuir todas as características. A personagem seria a central de toda a campanha “Who is Lola?” para o então em produção CD ‘Love?’. Rendendo a primeira de sua parcerias com Pitbull, “Fresh Out The Oven”, um vídeo viral dirigido por Jonas Akerlund foi divulgado na internet com uma versão sensual e elegante de Lopez, mas, apesar da canção ter conseguido #1 no ‘U.S. Dance Club Chart’ da ‘Billboard’, toda a estratégia original foi abortada após o fracasso de “Louboutins” (que ironicamente conseguiu o mesmo feito da anterior).

E finalmente chegamos aos dias atuais. Shakira sendo uma loba selvagem em ‘

’,
interpretando uma personagem de TV que acabou invadindo a vida real se atrelando por muitos anos a sua própria imagem, ou Lady Gaga com
e Morgana Devacelli, respectivamente a sereia planejada para ser vivida em “The Edge Of Glory”, mas que foi parar em “Yoü and I”, e a personificação da tristeza trazida pela fama uma das capas de ‘The Fame Monster’, podem ser alguns exemplos de como a cultura dos alter egos ainda está presente. Contudo, nenhuma cantora da atualidade pode ser mais citada quando se toca em tal assunto quanto Beyoncé e a “onipresente” Sasha Fierce. Rendendo o conceito de um álbum inteiro, desde sua composição até a forma do lançamento das músicas de trabalho, e sendo a responsável por transformar Beyoncé definitivamente em uma artista global, Sasha talvez seja, dentre todos os citados até o momento, a que mais representa o real significado de uma outra personalidade, ou alter ego.

O nascimento de Sasha, segundo a própria Beyoncé, se deu durante as gravações do clipe de “
”, um dos maiores hits da cantora e no qual ela realiza passos de dança e movimentos com o corpo invejáveis. A personagem seguiu marcando presença em outros vídeos, como o sensual “
”, mas só ganhou atenção global e atenção exclusiva dos fãs quando a Mrs. Carter resolveu apresentá-la ao mundo e dividir uma era inteira com ela. A representatividade, como já comentamos, é muito clara. ‘I Am... Sasha Fierce’, 3º álbum de estúdio em carreira solo, é fruto de uma verdadeira parceria entre as duas. Nos lançamento das canções, com singles e clipes duplos, poderíamos ver que todo esse conceito funcionava. As dobradinhas "
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", "
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" e "
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" deixavam claro que Beyoncé não se deixava dominar por Sasha, mas trabalhava com ela como parceira, e talvez isso seja o mais interessante e o que mais trouxe destaque à história deste personagem em particular.

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Poderíamos ficar horas aqui listando diferentes tipos de alter-egos, mas vamos finalizar com os mais interessantes. As histórias continuam se repetindo. Temos todos exemplos ainda hoje para confirmar que os tão comentados personagens seguem sendo utilizados e não é uma prática perdida com o tempo. Se reinventar é sempre necessário. Seja comercialmente, como Katy Perry e Lady Gaga fizeram dando vida à Kathy Beth Terry e Jo Calderone na tentativa de promover “

” e “
”, seja criando múltiplas faces para não aceitar as mudanças naturais que um artista passa em sua música, como Nicki Minaj e seus incontáveis irmãos de mesmo corpo (Roman Zolanski,
, Nicki Teresa,
,
) ou até aqueles que nem chamam tanta atenção, já que ter mais de uma persona já faz parte da sua própria personalidade. Afinal de contas, quem nunca quis ser outra pessoa pelo menos uma vez na vida?

Fonte/Créditos: StayPOP

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Resumindo o conceito de alter-ego = Me dou outro nome para poder mudar minha personalidade por um tempo sem ser tão criticada

Ainda bem que a Britney não foi muito a fundo com isso, acho maior palhaçada, daqui a pouco vai vir o povo dizendo que isso é obra dos iluminatis :clo2:

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