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Revista Dazed faz matéria sobre a música "Rebellion": "A conspiração por trás da música não lançada de Britney Spears, 'Rebellion'."


Passenger

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A tradução a seguir não é da matéria completa, apenas das partes mais interessantes:

 

"Num dia típico e ensolarado de Los Angeles em 2007, paparazzi filmaram Britney Spears ouvindo demos do seu até então não-lançado quinto álbum, Blackout, enquanto dirigia pela cidade em sua Mercedes. No vídeo,

filmado durante um período tumultuoso durante a vida da cantora quando os tabloides registravam qualquer movimento que ela fazia, Spears senta-se em seu carro ignorando a intrusão dos fotógrafos enquanto ela ouve três canções, nenhuma das que foram lançadas na tracklist final do álbum.

Duas das músicas, "State of Grace" e "Baby Boy", surgiram na internet em um mega-vazamento que viu o Blackout sendo espalhado antes de seu lançamento, ao lado de valiosos materiais inéditos. Tal vazamento, apesar de grande, foi sem precedentes, mas a explosão de material combinou com a energia caótica que rodeava Spears naquele tempo - ao mesmo tempo em que sua vida era exposta sem filtros, essas canções proporcionaram uma imagem crua e intransigente da antes conhecida como pura e inocente Princesa do Pop.

Desaparecida do baú de tesouros [que vazou], no entanto, era a versão completa da terceira música que Spears tocou em seu carro naquele dia. É uma música com a qual ela atiçou os fãs, supostamente sem a permissão de sua gravadora, quando compartilhou um trecho em seu website, acompanhado de uma animação de seu rosto de transformando em um tigre. A canção se chamava "Rebellion", e desde sua primeira aparição 16 anos atrás, se tornou assunto de várias conspirações e incontáveis discussões entre os devotos da cantora. Apesar de tudo que sabemos agora - ou não - sobre as complexidades de sua vida desde que seu pai a colocou na agora-dissolvida conservadoria em 2008, para os fãs de Britney Spears, "Rebellion" se mantém como seu artefato mais difícil de desvendar/encontrar.

Junto ao trecho que Spears supostamente secretamente compartilhou em seu website, várias versões fan-made de "Rebellion" surgiram online. Existe até um tentador trecho em alta qualidade de 11 segundos da canção, que atiça os fãs sobre uma possível versão completamente finalizada da música.

No entanto, o que faz de "Rebellion" significativa não é sua obscuridade, mas sim seu conteúdo lírico. "Esteja atento sobre aqueles mais próximos de você," Spears canta no verso que abre a canção por cima de uma batida sombria e cordas claustrofóbicas, sua voz silenciosa com paranoia. "O veneno que te dão / E o voodoo eles fazem. Mas em rebelião / Há um cintilar de verdade / Não fique apenas parado / Faça o que deve ser feito."

Essa pepita lírica é assustadoramente presciente, dados os horrores que vieram à tona durante as reportagens e disputas sobre a polêmica tutela que controlou a vida da cantora por quase 14 anos. Mas "Rebellion" antecede a conservadoria. Antecede até os acontecimentos de 2007 e 2008, o que levou a formação da tutela. Ao invés disso, a canção fala sobre uma outra forma de controle contra qual Britney estava batalhando, uma que talvez coalesceu com aqueles que formaram a conservadoria e guiaram a cantora a sua vida encarcerada.

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Em 30 de Dezembro de 2004, Britney Spears apareceu como convidada surpresa na rádio KIIS-FM em Los Angeles, onde ela estreou uma versão crua de uma nova música chamada "Mona Lisa". A canção, gravada com sua banda enquanto estava em turnê, falava sobre sobre a morte de uma mulher famosa, o consumo de sua queda como entretenimento e sua busca pela liberdade. "Eles querem que ela tenha um colapso / Haverá uma lenda sobre sua queda," Spears canta no segundo verso de outra arrepiante letra profética.

Ela disse aos apresentadores da rádio que a canção era de seu próximo álbum chamado Original Doll. Sua gravadora, Jive, então negou a existência de tal projeto. Quando perguntado pela BuzzFeed em 2014, o empresário de Spears na época, Larry Rudolph, também negou sua existência, dizendo que era "uma história de m*rda sem base em fatos". Uma versão repaginada de "Mona Lisa" posteriormente foi lançada no EP Britney and Kevin: Chaotic.

Ainda assim, Spears falou sobre querer ser levada mais a sério como artista, de acordo com pessoas que trabalharam com ela na época. "Ela disse que ninguém a ouvia," a compositora Michelle Bell, que trabalhou com Britney antes do lançamento do In The Zone em 2003, disse ao BuzzFeed. "Ela apenas queria que alguém dissesse que acreditava nela além dessa 'máquina de música pop'."

Spears também falou sobre as restrições forçadas por sua gravadora e aqueles ao seu redor em uma carta postada em seu website em 2004. "Eu tenho aprendido a dizer NÃO!" ela escreveu. "Com essa liberdade recém descoberta, é como se as pessoas não soubessem como agir ao meu redor. Deveríamos falar com ela como fazíamos quando ela tinha 16 anos ou como o ícone que todos consideram ela ser?"

Nos anos seguintes, o comportamento da cantora se tornou mais preocupante, bem como o da mídia que crescia ao seu redor. Mas ela continuou a se conectar com os fãs através de seu website, esporadicamente postando cartas onde discutia sobre os tabloides, sobre maternidade e também falando sobre seu lado da história. Em uma carta publicada no início de 2007, na mesma época em que Spears demitiu Rudolph como seu empresário, ela falou sobre "onde eu quero chegar como performer sem compromissos". "Eu agora sou mais madura e sinto que estou finalmente 'livre'," ela escreveu.

Essa pequena brecha de liberdade, que levou Britney a lançar seu álbum mais arriscado e coeso, Blackout, foi curta. Spears foi posta na conservadoria menos de 5 meses após o lançamento do disco. Larry Rudolph retornou ao seu posto de empresário, e até Novembro de 2008 ela já tinha um novo álbum e uma turnê mundial planejada."

 

Após esse ponto, o artigo resgata "Rebellion" como uma música que tomou um significado ainda mais profundo após os acontecimentos da conservadoria e o que levou até sua formação. O autor recapitula as tragédias que aconteceram com aqueles envolvidos na canção - como a morte do produtor da música, Christopher "Notes" Olsen, em 2010, o colapso na vida do co-produtor Scott Storch com drogas e problemas financeiros, bem como o assassinato do empresário de Notes. Fatos que o artigo depois afirmam ser apenas "coincidências" obscuras. Além disso, Dazed menciona Jess Dandurand, que ao falar sobre a canção, mencionou que tentou obter os direitos da música mas foi negado quatro vezes com cartas de "cessar e desistir" ("cease and desist", termo legal usado por tribunais ou indivíduos para que uma pessoa ou entidade pare de se envolver em uma determinada atividade). Além disso, Larry Rudolph teria supostamente mandado um email para Notes falando que o som de "Rebellion" não era a direção queriam para o álbum, o que levou fãs a acreditar que Britney não estava apenas sendo restringida em sua vida pessoal, mas também como artista.

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Eu sou meio 8 ou 80 com essa música, já achei ruim, já achei boa, já achei nada demais. Hoje eu amo a energia obscura dela, quase assustadora, e a letra - assim como a de Mona Lisa - é aterrorizante também, quase uma premonição. Sonoramente não vejo nada de super maravilhoso (nas melodias e tal), mas a energia dessa música é tão sinistra que não tem como não ficar hipnotizado

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